Pensamento formado a partir da entrevista de um pseudo-artista
Não há nada mais insensato do que a fachada criada para sustentar uma presença na sociedade, seja ela uma fachada pseudo-artística, pseudo-intelectual, ou qualquer outra como tantas que se vê no dia a dia.
O ser humano está tão desgastado e tão desacreditado na sua condição que para ter uma presença sustentável se apóia em conceitos vazios de seu conteúdo, usando uma fina e falsa camada para esconder o seu verdadeiro eu, pelo medo de não ser aceito.
É bem verdade que as diferenças sempre houveram e eram quase que majoritariamente sociais; com o aumento da população, a expansão do conhecimento as diferenças também foram se acentuando, porque a medida que o conhecimento avança as divisões dentro dele também procura novas vertentes.
Mais e mais é exigido de cada um para que faça parte de um todo, de maneira que aquele que não se integra acabe sendo rotulado, discriminado ou até excluído.
É quase que obrigação ter conhecimentos em todas as áreas, saber estar e se perceber em cada situação, ter respostas na ponta da língua e principalmente receitas de bem viver, e ainda ser feliz e com um riso pronto para receber até as rasteiras comuns que se leva ao longo da vida.
Pois bem esse ser humano plastificado, idiotizado e super potente não existe, quando será que vamos perceber que somos só humanos?
A evolução está criando clãs, tribos onde as pessoas sentem a necessidade de se inserirem para sustentar a sua identidade, ainda que ela seja vazia de conteúdo.
Onde está a auto afirmação de cada um como pessoa com identidade única própria com a certeza de que não é um clone de outro, que nasceu de uma família e que tem sua meta, seus caminhos e suas escolhas sem que seja obrigado a se filiar a um nicho qualquer só para ter uma presença sustentável no planeta?
A tecnologia avança e o homem anda se perdendo de si para virar cardume e ter pensamento coletivo.
Adorei vc ir lá Amgelica, que bom...
ResponderExcluirGostei muito do seu 'pensamentar' como diz Olympio de Azevedo,realmente temos que ser multiplos para sermos aceitos e temos que nos afastar das armadilhas, pois não sabemos tanto. O indivíduo perdeu identidade coletiva da honestidade, honra, carater, hoje em cim dos muros seja em diversas situações, aí a insanidade está solta, temos linhas comuns que nos forçam, somos corrompidos, aceitamos para convivencia, sobrevivencia e conveniencias...
mas muitos vazios nos 'eus', pois uma eterna procura, uma insatisfação por não ser individual, mas sim individualista pacífico.
Gostei muito mesmo. bjus