sexta-feira, 22 de maio de 2009

esteriótipos

É altamente frustrante perceber que a imoralidade fica cada vez mais banal e que as pessoas sequer se envergonham de serem amorais.
Basta olhar ao redor para perceber o quanto as pessoas perderam a noção do que é ética, do que é comportamento adequado. Num mundo onde levar vantagem sobre o outro passou a ser motivo de orgulho, a gente para se pergunta como vai ser a cabeça das pessoas daqui mais algumas décadas?
Hoje se se compra um serviço não se tem mais a certeza de que ele será satisfatório porque o que impera é a venda de maus serviços, de gente despreparada para atender, não comprar seria o recomendado, mas há serviços que são essenciais e não é possível dispensá-los; como o serviço de telefonia, de internet ou de saúde por exemplo, agora atire-me a primeira pedra quem não tem uma resma de queixas contra esses serviços.
Isso porque estou citando só tres tipos de serviços.
É lamentável constatar que a amoralidade e a falta de ética passou a ser uma norma e não mais uma excessão.
Eu me pergunto que valores podem aprender as crianças; sendo educados e crescendo num mundo onde as pessoas praticam o jogo da desonestidade de cara limpa como se ser malandro é que fosse o certo. Desde muito cedo as crianças aprendem que é preciso ser esperto pra sobreviver e por conseguinte desde a mais tenra idade aprendem a negociar com os pais uma forma de tirar proveito de alguma situação.
Paralelamente a isso e fortalecendo essa imagem de esperteza, grassa a permissividade, a impunidade que acaba reforçando um comportamento esteriotipado de conduta onde os éticos ou morais são tidos como bobos.
Minha alma está envergonhada de caminhar por entre estranhos porque não me amoldo nessa massa pré-moldada e não caibo nesse contexto vazio de valores. O que posso fazer senão registrar o meu repúdio?
Enquanto meu olhar vai esmaecendo e amarelando minhas sensações mundanas vão ficando cépticas. Essa engrenagem perfeita que é o homem alcançou todos os cantos da terra e além dessa conquista o espaço, onde aos poucos ele se exibe com maestria procurando sempre mais do que seus olhos alcançam e aqui no seu chão, onde a origem da sua vida se enraiza ele não semeia mais a vida, não vida humana, porque ele não sabe mais como percorrer os caminhos do coração.
É logo ali o fim do horizonte, porque o tempo passa muito rápido e quando eu acordar já estarei transpondo o portal da eternidade, e quase que as pessoas não se lembram que basta um piscar de olhos e tudo se acabou.
O que plantamos? Que lições aprendemos? O que deixamos para que vai nos suceder?
Tecnologias, estudos científicos e um tanto de vil metal.
Pobre diabo feito de carne que tem inteligência, mas que não consegue enxergar a vida na sua extensão maior, no que ela tem realmente de melhor: experiência!
Assim esse apático "ser humano" que ri, chora, constrói e se expressa com tanta certeza, não tem mais a certeza de que seu coração é humano e pulsa.

Eu escrevi mentalmente ontem a noite o que eu iria registrar e na verdade saiu aquém do que eu tinha salvo na minha memória. Ainda estou pincelando o que vai ser registrado aqui.