Depois
de um bom tempo em silêncio eu estou voltando aos poucos às minhas
reflexões. Felizmente tenho ouvido coisas muito boas de gente muito
boa e isso me estimulou a voltar para as coisas que eu realmente
acredito e isso inclui continuar minhas “pensações”. Não sou
uma pensadora ao estilo dos antigos pensadores, não, eu me auto
denominei “pensadora” porque não tem cunho científico o que
escrevo que são naturalmente experimentações próprias e
observação do dia a dia em que reflito e tiro minhas conclusões.
A
mim me parece que por conta das tecnologias as pessoas não pensam
mais, tudo lhes é entregue mastigadinho e aí ninguém quer mais
sair da sua zona de conforto para pensar e exercer a sua própria
capacidade de pensar dias sobre algum assunto até que consiga obter
respostas através de reflexões.
Eu
sou uma questionadora desde que me entendo por gente, sempre tive
muita sede de entender as coisas e sempre busquei respostas, e meus
filhos têm o mesmo hábito.
Há
alguns anos eu escrevi sobre o que penso da nossa estrutura mental e
até espiritual, mas acabei perdendo esses escritos e já nem lembro
mais o todo do que escrevi, restou só alguns fragmentos aqui nesse
blog onde eu intitulei como “Usinas” e em algumas partes do
“Insigth”, mas eu vou tentar aos poucos retomar essas
“pensações”.
Primeiro
eu preciso dizer que escrever e ler para mim são como alimentos para
sobreviver com sanidade. Quando me afasto da escrita me sinto um
pouco inútil, sem vida, sem conteúdo; ainda que esteja produzindo
outras coisas como artesanato que é uma das minhas outras paixões.
Para
me sentir completa e plenamente saudável eu preciso escrever, sejam
poesias, prosas, reflexões ou sobre política. Ainda me perco na
hora de separar minhas prosas das minhas reflexões porque muitas
vezes minhas prosas são mais reflexões do que simplesmente poesias
em forma de prosa. Normal, não sou uma cátedra sobre o assunto, eu
só quero mesmo é registrar para não ficar entalada.
Um
dia minha filha me disse que eu precisava deixar de ser tão
utilitarista, não da filosofia utilitarista, mas de tentar ser útil
o tempo todo. Eu pensei muito a respeito e cheguei a conclusão que
realmente eu não preciso estar o tempo todo tentando ser útil a
alguém, posso também ser um pouco egoísta e pensar em mim, como
nos momentos que reservo a mim mesma para escrever, para ler ou para
não fazer nada.
Desde
essa época eu entendi que não preciso só agradar. Na maioria das
vezes quando você só se preocupa em servir os outros, ser útil ou
qualquer coisa que o valha, você acaba sendo vítima de
aproveitadores, de sugadores de energia.
Muitas
vezes eu tive medo de ser rejeitada, já tive dificuldade por não
pertencer a certos grupos, e a medida que fui amadurecendo e
refletindo sobre as coisas que eu realmente acredito perdi o medo de
não agradar. Eu escrevo sobre o que eu gosto, sobre o que eu tenho
vontade e não me censuro.
Como
já disse que acredito ser uma usina de força e uma antena
captadora; isso faz com que eu sinta uma necessidade imensa de
descarregar as energias que vou acumulando ao longo do dia , da
semana e a maneira que encontrei foi escrevendo, fazendo arte. Quem
usa sua energia acumulada para produzir não adoece. Algumas pessoas
usam essa energia no esporte ou sei lá em tantas outras atividades.
Agora
eu aprendi o que significa ser uma antena captadora como eu mesma
denominei; as ideias todas estão aí no Universo, e quem estiver
preparado para alcançá-las o fará! Todo o conhecimento está
contido nas múltiplas camadas do Universo, nada sai de uma só
cabeça privilegiada, privilegiada sim porque se preparou para
alcançar, mas pode dividir com outras pessoas que da mesma forma se
empenhou para também acessar esse conhecimento e cada qual vai
relatar de acordo com a sua percepção.
Aí
eu me sinto feliz de ter constatado isso já há alguns anos e
finalmente encontrado pessoas que estudaram, pesquisaram e comprovam
o que eu na minha simplicidade de reflexão já havia chegado a essa
conclusão.
Somos
todos usinas de força, porque somos um aglomerado de átomos
compactados e isso por si só já nos diz que somos energia pura;
então é como se cada vez que nos “carregamos positivamente”
produzimos energia limpa e curativa, criativa e quando “carregamos
negativamente” entramos em curto e adoecemos ou até produzimos
energias negativas que vão se chocar com outras “usinas”.
Para
nos mantermos em harmonia interna como externa é que precisamos
manter as energias equilibradas tanto negativa como positiva.
Da
mesma forma que tudo precisa de positivo e negativo, nós seres
humanos também carregamos a mesma característica.
A
única esperança para um mundo que adoece dia a dia por falta de
objetivos é aprender a se conhecer e se posicionar no mundo. As
pessoas estão desaprendendo de pensar; estão ficando cada vez mais
preguiçosas diante das máquinas e isso as torna refém de quem
pensa e pior, refém de quem pensa para dominar.
O
cérebro de quem não exercita acaba se atrofiando e as partes que
estão ali para desenvolverem a capacidade através do conhecimento
vão secando e o ser humano vai se tornando um ser limitado de
pensamentos e ações, enquanto os que tem fome e desejo de dominar
se aproveitam para implantar nessas pessoas o desejo de seguir pelo
caminho mais fácil que é o de ser comandado.
É
triste imaginar que com tanta revolução tecnológica o homem ao
invés de se capacitar, acaba se rendendo ao conforto de ter sempre
uma “máquina” ( com pessoas inteligentes atrás delas) e fica
indolente até para as coisas mais simples que é fazer contas do dia
a dia.
Até
namoros hoje começam e terminam pela internet, as pessoas quase não
conversam mais em casa, cada qual fica com sua máquina ligado ao
mundo. Daqui a pouco as pessoas não vão saber mais o que é um
abraço e o bem que ele nos faz!
A
tecnologia aproximou as pessoas distantes, mas afastou as pessoas
próximas.