Algumas vezes
quando estou em silêncio eu sinto todo meu organismo, meu sangue
percorrendo meu corpo, as pulsações do meu coração, o meu
estômago trabalhando. É tão estranho sentir e pior, comentar isso,
mas é tudo muito normal até porque eu sou um organismo vivo, então
tudo em mim está em funcionamento, como um carro com o motor ligado.
Quando começo a
imaginar a vida de um modo geral, as pessoas à minha volta e como
todo o universo se movimenta em sincronicidade eu não posso deixar
de acreditar na existência de Deus.
Talvez não esse Deus
tão dito, tão ensinado pelas igrejas, mas um Deus que é uma força
que nossa percepção humana não consegue compreender.
Voltando pra mim
mesma, para meu corpo; são engrenagens perfeitas, trabalhando de
forma contínua e em harmonia total de todos os componentes, uma
perfeição que o homem não consegue imitar, mesmo com toda a
inteligência a ele conferida.
Entretanto
estamos em um tempo onde as coisas estão chegando a níveis que nem
na minha mais remota imaginação conseguiria imaginar.
O homem já
consegue substituir pernas, braços por peças mecânicas que deram
ao ser humano um salto de qualidade de vida. Uma porção de
acontecimentos que nem consigo sequenciar já melhorou muito a vida
humana com o uso da tecnologia.
O que me
surpreende é que quanto mais se cria tecnologias para o ser humano,
mais desumano ele fica. As redes mundiais que viraram febre e
diminuiram as distâncias, acabou por afastar as famílias, as
pessoas dos abraços, das rodas de conversas, das relações mais
humanas. Afinal hoje tudo se faz através das máquinas.
É bom, sim,
porque aproxima pessoas distantes, mas ao mesmo tempo afasta as
pessoas próximas, porque senão veja; dentro de uma casa as pessoas
não acham mais tempo pra conversarem entre si, estão todas voltadas
para seus smartfones, televisores e por aí vai. Os que estão mais
longe não visitam mais, porque com o advento das redes com vídeo,
pra que viajar, pra que sair de casa se pela janelinha do celular ou
por uma mensagem de voz eu posso mandar um olá e já matar a
saudade?
Aí me pergunto:
Será que Deus se agrada disso? Será que ele não criou o homem pra
viver em comunidade? Não comunidade virtual. Será que as próximas
gerações saberão o valor de um abraço?
Que triste você
viver dentro da sua casa conectada ao mundo, falando nas redes com
uma porção de pessoas e não ter alguém para se sentar à sua mesa
na hora da refeição, dividir uma tarde de domingo.
Quão triste você
desligar seus aparelhos e não ter um rosto amigo por perto, ouvir
uma voz humana. Não falo da solidão, e sim do afastamento das
pessoas.
Lamentável não
ter pessoas disponíveis para receber ou fazer visita, jogar conversa
fora, rir e estravazar, ou ter um abraço amigo para quando a gente
está com vontade de chorar ou triste de dar dó.
É o mundo mudou
muito, e mesmo que se invente uma máquina para substituir o ser
humano, um ship pra colocar na cabeça com o propósito de tornar o
homem mais inteligente, não se conseguirá fazer a obra prima que
Deus fez: um ser humano que necessita de outro ser humano pra viver.
O milagre da vida
pertence a Deus e homem predador que é está destruindo a criação
de Deus.
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