sexta-feira, 27 de abril de 2012

Aliança x Coleira




Quem disse que é preciso coleiras, para se estabelecer alianças? Quem foi que inventou  as grades? Onde está escrito que papel assinado garante vínculos?
Frágeis são as instituições que tentam cercar o que nasceu para ser livre.
As regras estão dentro de nós, os estatutos mais respeitados, são os que nós estabelecemos e grafamos com nossa lealdade.
Não existem leis que regulem os corações, não existem algemas que aprisionem a nossa alma, nascemos para ser livres.
As mordaças incitam a corrupção, atiçam à rebeldia, quando tudo que se quer é provar o gosto do proibido, sentir o prazer que é vetado.
Não somos donos de ninguém e não temos direito de cercear a liberdade de quem escolhemos para nos acompanhar, o que não permanece conosco; não nos pertence, aliás não existem propriedades quando falamos de pessoas, mesmo nossos filhos não são nossos, são de si próprios e do mundo.
Por um tempo, que nem a nós é dado conhecer, dividimos nossa presença com quem escolhemos, por afinidade, afeto, amor ou paixão, pode ser pela vida toda, pode ser por um tempo longo ou por um espaço breve, mas em nenhum desses casos estaremos algemados uns aos outros...ou não deveremos estar, em um relacionamento saudável. 
Estabelecemos regras, que não estão em papéis, não carecem de ser vigiadas. Confiança e liberdade deveriam andar de mãos dadas, regidas pelo bom senso, porque o amor só aumenta quando regado por confiança, afeto e lealdade, não quando privado da liberdade.
Paredes e grades não prendem pensamentos, não aprisionam o sentir. O vôo pelo mundo das sensações nos fazem inteiros, complementam a bagagem da nossa alma, assim como a leitura é aprendizado para o nosso intelecto. Não há crescimento nem amadurecimento senão pelo conhecimento, pela experiência.
Temos cada um, nossas próprias regras, nosso próprio limite, e cabe a cada um de nós descobri-lo, explorá-lo para fazer  uso da forma mais qualitativa.
Nada e ninguém pode limitar nossa experiência, a cada um de nós compete saber até onde ir e como ir; o caminhar pelo mundo das descobertas exige de nós apenas discernimento; o que se aprende se dando o direito de experimentar, apenas respeitando os espaços, nossos e de outrem.
O viver nada mais é que um aprendizado diário, e transformar esse aprendizado em sabedoria, é o que faz a diferença.

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