Aonde vai parar esse país gigante e sua brava gente se não consegue se educar? Será que sonhamos ser um dia a primeira economia do mundo? Sonhamos, mas sem educação não, não chegaremos lá.
É muito chato bater sempre na mesma tecla como se eu fosse a dona da verdade e mais ninguém enxergasse isso, grr. Quando se olha ao redor com atenção, percebe -se em cada detalhe o quanto falta para que possamos ser um país pujante. Não falta só educação curricular, falta berço, falta modos, falta vontade de aprender o que os pais já não sabem mais ensinar.
Demos um enorme salto do excesso de proibição ao excesso de permissividade, não houve meio termo e isso acabou por desmoronar de vez os valores que eram cultivados quando havia respeito entre as gerações. Não posso e não vou culpar a emancipação femina porque quem quis conseguiu manter os valores, a educação e cultivou uma estrutura necessária ao bem estar da sua descendência. O problema principal, a meu ver, é que uma imensa maioria sentiu o gostinho de uma liberdade tão escancarada que acabou perdendo os limites.
Pode-se ao lado dessa educação frouxa juntar o bum da tecnologia que afastou uma geração da outra, muito rápido ao mesmo tempo que ligou continentes e fez com que o ter passasse na frente do ser. Enquanto de um lado os pais foram obrigados a trabalhar mais duramente para se manter e para o "ter", os filhos também ficaram mais exigentes seguindo o exemplo dos pais que buscam incessantemente ter, sem contar que por estarem conectados com o mundo assistem de perto o crescimento tecnológico cada vez mais atraente.
Para os pais que trabalham arduamente e não se enturmaram com as tecnologias (excessão ao celular que é consenso geral) é mais fácil deixar os filhos entregues a própria sorte jogando a obrigação de educar para a escola, para o mundo, afinal eles vivem entretidos com amigos, micros, celular e tudo que puderem ter; dá menos trabalho e sobra tempo para trabalhar mais e até descansar um pouco. Para os pais adeptos das tecnologias o pensamento é quase o mesmo; melhor deixá-los entregues para que o mundo e a escola os eduque, dessa forma não se permitem dizer não para não fazerem o papel castrador devendo esse papel ser o da escola. É fartamente sabido que a escola forma cidadãos, ou deveria, dá a chave do conhecimento, mas não é ela que educa que imprime valores, essa obrigação sempre veio do seio familiar.
A tão propalada liberdade ganhou contornos abusivos e ao invés de ser algo almejado e conquistado tornou-se um enorme entrave para o crescimento humano porque seu excesso tem contribuído para que se perca os limites entre a responsabilidade e a irresponsabilidade.
De que adianta ser a 6ª economia ? Com que cara vamos esconder nossas vergonhas ? Há muito para se fazer até se atingir o topo e isso começa na base, não dá pra ser diferente.
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