sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A beleza da unicidade

Cada pessoa é um ser único no universo, cada criatura tem como marca a sua própria essência divina, e ainda que tenha herdado características da sua árvore genealógica  a sua natureza física , psíquica e emocional será única e diferente de seus antecessores.
Em uma família vários irmãos recebem herança genética dos pais avós e etc, de ambos os lados e nem assim são iguais, quando muito com algumas semelhanças, embora o divino de cada um seja incomparável.
A perpetuação da espécie é fascinante porque repete o modelo, mas recria DNAs e inaugura essências novas à cada criação, incluindo os gêmeos.
A beleza humana está justamente nessa singularidade, pais e filhos mesmo tendo semelhanças possuem diferenças gritantes que vão muito além das gerações; são DNAs ligados por laços consangüíneos, mas que em nada se assemelham como essência.
Alguns comportamentos, alguns gostos podem aproximá-los porém as diferenças criam barreiras tão imensas que parecem intransponíveis. Da mesma forma que se dá com pessoas fora dos laços. O fato de pessoas se agregarem sob a mesma árvore genealógica ou laços de sangue não os faz necessariamente ligados "essencialmente".
Toda criatura tem características físicas que se encaixam em modelos pré estabelecidos como: cabelos castanhos, loiros, pretos, olhos azuis, verdes, alto, baixo, voz suave, voz grave, pernas alongadas, dedos curtos, assim por diante; por essas características físicas poderíamos criar imensos grupos. Se afunilarmos as especificações, os grupos vão ficando menores e mais seletos, e a medida que filtramos as particularidades percebemos a singuraridade do ser humano.
Quando comparamos pelos gostos, pelas profissões vamos encontrar pessoas com similaridades, agindo na mesma sintonia vibracional, ainda que diferentes; guardam semelhanças entre si se ligam por interesses, atração de pensamentos e afinidades. Dizemos que essas pessoas fazem parte da mesma família de almas, mesmo sem um único laço sangüíneo.
Mas o criador foi mais além, porque ele fez de cada criatura uma única essência indivizível que não se perde de si e não se plasma em outra essência. Por que? Porque cada um tece a sua própria essência de acordo com os fios das suas existências, ou seja, se cada um de nós é um espírito e se os espíritos são imortais vão agregando em si características que formulam a sua essência divina.
Partindo do princípio de que o criador soprou uma essência individual em cada criatura, a partir de sua própria referência e a colocou no mundo para que fizesse a espécie evoluir, espera-se então que essa criatura  possa descobrir-se a si mesma e contribuir para que o seu semelhante da mesma forma possa se reconhecer e juntos voltem para a essência criadora.  Qual seria então o ganho dessa viagem de ida e volta?
A vivência do aprendizado, o prazer do conhecimento, a apuração da espécie e principalmente o polimento do espírito e o refinamento da essência.
Depois de ler todas essas considerações: Você não reconhece em si mesmo a preciosidade da unicidade da essência divina?
 
Pode ser só um argumento tosco, pensado e escrito por uma cabeça cheia de invenções, mas pode também ser mais uma intuição da minha essência divina transcrita em sintonia com a minha família universal de almas pensantes.
 

8 comentários:

  1. Kika, artigos fantásticos.
    Fiquei boquiaberta com esta pensadora e como nos leva a refletir, ou ver nossas idéias afins, tomando forma. Amei

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  2. A individualidade compõe a coletividade, Kika. Formamos um mosaico único, embora diversificado. Muito bom o texto.

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  3. A reflexão é forma terapêutica ideal para a mente cumprir sua dimensão criativa. Aqui, é bela e profunda. Bjs Eliane

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  4. Kika, me encontrei no texto e me percebi única.
    Há tempos eu pensava nisso: não existe um ser idêntico a outro, mas você conseguiu fazer o retrato fiel da importancia da Divindade num contexto pessoal, porém, abrangente como é cada criatura em si... Adorei.

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  5. Muito bom o texto e concordo plenamente!!!
    Mas acredito também que nascemos em lugares onde existem pessoas com quem nos assemelhamos, neste caso nossa familia.
    Com o tempo surgem as individualidades que nos aproximam e ou nos distanciam dela, quando começamos a formar ideias e ideais!
    O que nos torna unicos! Temos a capacidade de mudar e mudar e aprender sempre!!!

    Beijao!

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  6. Obrigada a todos pela leitura e comentários.
    Que bom que fui compreendida e que acolhida nas minhas considerações.
    Ari, vc está certa, por isso falo da família das almas, pq escolhemos nascer dentro dela por afinidades e a medida que caminhamos pelo mundo vamos nos aproximando de outros entes pela mesma afinidade, só que dessa feita de maneira mais individualizada. Isso considerando cada vivência. Super beijo a todos

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  7. Angélica,
    Jung, o fundador da psicologia analítica, falava do "unus mundus", conceito anterior a ele, que liga cada ser do universo, independente da ideia de deuses. É um conceito interessante, porque traz o fato de que cada evento individual afeta o todo.
    Taís,
    Fiquei com um saudade danada da "Super Quink" e de ter visto o "Marcelino Pão e Vinho" (confesso que não resisti e comprei há uns dois anos o DVD, que encontrei, feliz da vida). Mas acho, realmente, que tenho saudade é de mim.
    Além de querer lê-la, quero também lhe informar, entretanto, que, depois de algum tempo em compasso de espera, pois eu fazia obras em meu apartamento do Rio de Janeiro - minha cidade maravilhosa! -, Flamengo, para onde voltei, voltei a postar em meus blogues. Aguardo amigas e amigos queridos, como você, em uma visitinha lá.
    Um abraço,
    Eliane F.C.Lima

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