sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Eu sou, mas quem não é?

Em algum momento da vida, seremos ridículos. Não tem nada a ver com postura, com a maneira de ser ou com o que se fala, tem muito mais a ver com o que as pessoas ao nosso redor vêem ou sentem de nós ou na nossa presença.
Nós, humanos, temos por hábito observar o outro buscando encontrar nele alguma característica que nos diferencie dele, ( sempre nos achamos melhores) muito mais com o intuito de ridicularizar o outro, do que livrar a nossa cara, sem sequer entender que muitas  vezes o que vemos é só um reflexo do nosso próprio espelho.
Não basta ser uma pessoa vivida, nem ser jovem, assim como não faz a menor diferença ter posses ou não, ser só ou acompanhada de uma multidão; onde estiver um ser humano haverá sobre ele olhares perscrutadores, mesmo que não se perceba e entre esses olhares, pelo menos um é acusador.
Não faz a menor diferença ser analfabeto ou letrado, em algum momento da vida alguém achará você ridículo. Você pode ser a pessoa mais segura, mais despreocupada com a opinião alheia, ainda assim se chocará ao saber que foi tachado de ridículo.
Nunca estamos preparados para receber essa acusação e mente quem diz que está.
Por mais que a gente se policie para não dar motivos, damos! Muito mais do que "dar" motivos, escorregamos; seja no comportamento, seja na fala, no gestual ou até na maneira de encarar a vida e até na maneira de viver. É! Podemos ser ridículos até no viver.
Mas por que somos ridículos? Quando por alguma razão discordamos da maioria. Quando não nos preocupamos em seguir os padrões. Quando temos nossa maneira própria de pensar e agir sem nos incomodarmos se isso fere as normas estabelecidas.
Ser ridiculo pode ser a maneira como o outro vê você. Ou como você se mostra. Depende de como você aceita e encara ser chamado de ridículo.
Ninguém gosta de se sentir ridículo ou ser ridicularizado, principalmente se for em público. Porque ninguém gosta de passar recibo de alguma coisa que ele mesmo não acha que é. Ou alguém aceita que é patéticamente ridículo sem se sentir magoado?
Cometer um ato ridículo, rir de si e se deixar ser motivo de riso  por esse ato falho, é uma coisa, outra bem diferente é você ser rotulado por esse ato como sendo uma pessoa ridícula.
Ridículos todos nós somos em algum momento, pagamos pau sim! E não adianta fingir que você nunca
deu um vexame, porque se você não se lembrar alguém certamente o fará por você.
Fato é que cometer atos ridículos, falar coisas ridículas ou parecer ridículo é um vexame do qual ninguém pode escapar, mesmo que se negue encarar a verdade por esse prisma, coisa que o outro não perdoa.
Ninguém perde o brilho por um evento ridículo isolado ou até por algum deslize, não se pode afirmar que alguém seja ridículo porque se deixou flagrar numa situação patética, mas ainda assim esse alguém vai  ser sempre muito melhor lembrado por uma situação eventual de vexame do que pela sua melhor performance.
Assim somos nós; meros humanos. Mais fácil apontar para o nosso vizinho do que olhar no espelho.
Antes procurar no outro o que ele tem de mais feio, mais ridículo,  assim escondemos o nosso feio pezinho de pavão, né não?

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