sexta-feira, 20 de julho de 2012

A morte




A morte tem andado ao meu redor, não me ameaçando, mas bem perto de mim e hoje mais uma vez ela conseguiu me deixar pensativa.
Não sei exatamente qual sentimento ela me transmite; talvez medo, talvez tristeza. Não o medo de morrer, medo do que encontrar depois dela, medo pelos que ficam; talvez a dor da separação, da saudade.
A morte é uma forma de libertação. Por que então ela tem o poder de mexer tanto com os que ficam? Será por conta das imagens que ela proporciona? Seria falsa a idéia de libertação?
Por que a morte torna-se tão envolvente, tão desesperadamente inesquecível?
Talvez pela finitude que ela determina.
Ela vai me pegar um dia da mesma forma que vai se impor ao meu lado com as pessoas que amo e eu sei que vou odiá-la, sem que lhe mude a intenção.
A senhora do nosso tempo vai encontrar-me inexoravelmente e nesse dia não vou poder me manifestar para contar como ela é e nem porque me escolheu. Talvez eu a pressinta, contudo não há acordos possíveis para essa ocasião.
De tanto ela me rodear não consigo me livrar dessa sensação fúnebre, nem de deixar de temer que ela ache a minha casa da próxima vez.

Um comentário:

  1. Muitas mudanças andam rolando com a humanidade neste quisito.
    Alguns entram em contato com a morte através da poesia da transmutação:nosso morrer para atitudes e condicionamentos velhos e o nascer de uma nova postura!
    Muitos outros a consideram uma ponte,o "blessed relief" deste atordoante planeta...
    Eu não ligo pra ela,serei oque sou e muito mais após ela...para os que ficam please dont cry and bother my evolution...
    Love you all!!!

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