sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ética, Educação, Cidadania e etc.





Ando às voltas com a minha observação quase que compulsiva das pessoas, não propriamente as que vivem comigo, mas as que vejo na mídia, as que vejo no dia a dia, no mercado, no ônibus, na rua; pessoas comuns despreocupadas se estão ou não sendo observadas.
Gostaria muito de estar enganada, mas está ali bem na minha frente o produto do comportamento de cada uma. Ao ir caminhar na Lagoa aos domingos eu constato a falta de respeito para com os aparelhos de musculação na área destinada à 3º idade. Não que os mais jovens não possam frequentar também, o que mais incomoda é ver o pais jovens levarem seus filhos pequenos para se divertirem nos aparelhos como se ali fosse um parque de diversões para os pequeninos, sem o menor pudor em permitir a brincadeira e sem se preocupar se é uma área restrita para adultos da 3º idade e muitas vezes ali ter pessoas de pouca mobilidade.
Ir nas segundas ou domingo a tarde caminhar no Parque  é outro exercício de paciência. Mesmo sendo o local dotado de lixeiras ao longo de todo o trajeto do entorno da lagoa e mesmo o parque contando com pessoas que cuidam o dia todo da limpeza, é possível encontrar copinhos, embalagens de salgadinhos, chocolates, sorvetes e etc jogados por todo lado e inclusive próximos as lixeiras.
Da mesma forma que se pode encontrar pelas ruas da cidade;  papéís, cacas de cachorro pelas calçadas, restos de comida, sapatos velhos e etc. 
Em muitos lugares sofás nas calçadas, restos de móveis; excetuando o dia em que passa o cata treco ( em Campinas tem esse serviço), os móveis são deixados nos jardins, beiras de estradas vicinais sem a preocupação desse objeto se deteriorar exposto as intempéries juntando animais de peçonha, insetos etc ou ir parar dentro de rios, córregos ou bueiros.


Há uma ansiedade natural nas crianças em aprender e se à elas forem oferecidos livros, estímulos lúdicos desde a idade tenra, ela vai se acostumando desde cedo a enxergar o mundo por outro prisma, o que infelizmente não acontece.
E como o aprendizado é muito mais por exemplo do que por conselho, os comportamentos vão sendo repetidos. Mesmo frequentando os bancos escolares a grande maioria continua sem aprender como se tornar um cidadão.


É comum verificar as pessoas buscando tirar vantagens, que vão desde as pequenas negociatas caseiras, àquelas que estão na esfera de trabalho e as  que escadalizam  porque são casos de corrupção dentro dos governos, em variadas situações que explodem na mídia diariamente.


Há ainda um farto aprendizado que pulula na própria mídia em forma de diversão; filmes, novelas e outros tantos meios, mas ao que parece ao invés de ser só um entretenimento essas diversões acabam se tornando um incentivador para os que não tem uma boa estrutura de formação familiar ou tem um caráter mau formado.


Eu me pego pensando na responsabilidade que temos em passar exemplos, desde o mais simples "obrigada" a maneira com que conduzimos a nossa própria vida. Parece que anda meio esquecido das pessoas que somos espelhos para outras pessoas que nos rodeiam e a medida que exibimos que "podemos" infringir as regras de comportamento, as regras éticas; abrimos espaço para aqueles que se miram nesses espelhos que representamos, agirem da mesma forma ou até com mais liberdade de infringir e menos responsabilidades para com seu semelhante. 


A civilização está perdendo o senso do que é certo e errado, do que convém e do que não convém, ainda que se precise aprender a ser cidadão o ser humano nasce com uma percepção do que é moral e do que  imoral, do que é ético e não ético. Como centelha divina que somos nascemos com qualidades natas, depende de cada um de nós como levar pela vida essas qualidades: intactas ou corrompidas.


O mundo carece de no mínimo pequenas gentilezas para ser agradável de nele conviver.
Caminhamos para o caos porque a criatura resolveu virar as costas para o Criador, pisar nas regras e subverter a ordem.

Um comentário:

  1. Infelizmente é isso, Léléca. Vivemos num mundo individualista. Ninguém se preocupa com o próximo, e menos ainda com o mundo que vamos deixar aos nossos filhos e netos. Beijocas
    Cris

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