Cada pessoa é um ser único no universo, cada criatura tem como marca a sua própria essência divina, e ainda que tenha herdado características da sua árvore genealógica a sua natureza física , psíquica e emocional será única e diferente de seus antecessores.
Em uma família vários irmãos recebem herança genética dos pais avós e etc, de ambos os lados e nem assim são iguais, quando muito com algumas semelhanças, embora o divino de cada um seja incomparável.
A perpetuação da espécie é fascinante porque repete o modelo, mas recria DNAs e inaugura essências novas à cada criação, incluindo os gêmeos.
A beleza humana está justamente nessa singularidade, pais e filhos mesmo tendo semelhanças possuem diferenças gritantes que vão muito além das gerações; são DNAs ligados por laços consangüíneos, mas que em nada se assemelham como essência.
Alguns comportamentos, alguns gostos podem aproximá-los porém as diferenças criam barreiras tão imensas que parecem intransponíveis. Da mesma forma que se dá com pessoas fora dos laços. O fato de pessoas se agregarem sob a mesma árvore genealógica ou laços de sangue não os faz necessariamente ligados "essencialmente".
Toda criatura tem características físicas que se encaixam em modelos pré estabelecidos como: cabelos castanhos, loiros, pretos, olhos azuis, verdes, alto, baixo, voz suave, voz grave, pernas alongadas, dedos curtos, assim por diante; por essas características físicas poderíamos criar imensos grupos. Se afunilarmos as especificações, os grupos vão ficando menores e mais seletos, e a medida que filtramos as particularidades percebemos a singuraridade do ser humano.
Quando comparamos pelos gostos, pelas profissões vamos encontrar pessoas com similaridades, agindo na mesma sintonia vibracional, ainda que diferentes; guardam semelhanças entre si se ligam por interesses, atração de pensamentos e afinidades. Dizemos que essas pessoas fazem parte da mesma família de almas, mesmo sem um único laço sangüíneo.
Mas o criador foi mais além, porque ele fez de cada criatura uma única essência indivizível que não se perde de si e não se plasma em outra essência. Por que? Porque cada um tece a sua própria essência de acordo com os fios das suas existências, ou seja, se cada um de nós é um espírito e se os espíritos são imortais vão agregando em si características que formulam a sua essência divina.
Partindo do princípio de que o criador soprou uma essência individual em cada criatura, a partir de sua própria referência e a colocou no mundo para que fizesse a espécie evoluir, espera-se então que essa criatura possa descobrir-se a si mesma e contribuir para que o seu semelhante da mesma forma possa se reconhecer e juntos voltem para a essência criadora. Qual seria então o ganho dessa viagem de ida e volta?
A vivência do aprendizado, o prazer do conhecimento, a apuração da espécie e principalmente o polimento do espírito e o refinamento da essência.
Depois de ler todas essas considerações: Você não reconhece em si mesmo a preciosidade da unicidade da essência divina?
Pode ser só um argumento tosco, pensado e escrito por uma cabeça cheia de invenções, mas pode também ser mais uma intuição da minha essência divina transcrita em sintonia com a minha família universal de almas pensantes.