segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A complexidade do desamor


Ao invés de festa e boas energias, vemos por todo lado pessoas ainda iradas destilando sua arrogância, seu ódio adormecido.
De onde vem tanto ódio, tanta prepotência? Seriam alguns menos brasileiros que outros?
Quem pregou e alardeou diferenças entre as pessoas, por raça, cor, crença, região ou preferências sexuais?
Por ventura os DNAs de algumas pessoas é gravado com algum metal precioso? Será que trazemos nas nossas certidões pedigree como nossos cães?
Conseguiremos ser melhores que os nossos animais de estimação?
Nascemos todos de um mesmo e igual ato físico, que na maioria e esmagadora das vezes é um ato amoroso, portanto somos, em tese, portadores de amor para o mundo. O que na prática não se realiza.
O que então daria direito a algumas de se autoproclamarem melhores do que as outras? Com que direito algumas pessoas se entitulam como os verdadeiros herdeiros de uma linhagem pura, poderosa e dona da verdade?
Esquecemos que diante do espelho não conseguimos repetir nem a metade do que pregamos diariamente; a menos que desviemos dos nossos próprios olhos.
Temos de nós mesmos uma imagem muito condescendente por isso mesmo defendemos com unhas e dentes nossas posições mesmo quando contrariados, muito mais pelo orgulho de não reconhecer o erro e pedir desculpas, do que mudar de opinião.
Nós humanos somos complexos e complexados, assim o medo do confronto do nosso eu sem máscaras com o nosso eu fachada, nos deixa confusos e amedrontados. Para fugir desse confronto sempre angustiante, quase sempre mentimos para nós mesmos o que faz de nós eternos fingidores.
É claro que a nível consciente nem sempre sabemos separar o que acreditamos verdadeiro e o que é realmente verdadeiro, nesse emaranhado acabamos sabotando a nossa inteligência, nossa saúde e nossa posição diante do mundo.
Na dúvida é melhor calar, refletir para não ter que continuar semeando inclusive em nós mesmos e naqueles que nos rodeiam o desamor e a angústia de não se sentir amado e não saber amar.

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